A VISTOPRED PODE ATUAR EM UMA EDIFICAÇÃO TOMBADA?

Bem, para início de conversa, vamos esclarecer o que é uma edificação tombada.
 
O tombamento é uma ferramenta dos governos para se proteger os bens culturais, necessários para manter viva a memória, a identidade de um lugar e de um povo. Os bens protegidos são de 2 naturezas: materiais e imateriais. Os bens materiais são representados por elementos concretos, como edifícios, vestimentas, imagens sacras, objetos artísticos – esculturas, pinturas –, acervos de museus, etc. Eles podem ser móveis, que podem ser transportados de um lugar para outros, ou imóveis, que é o caso das edificações. Exemplos de bens imateriais são: danças, músicas, ritos, culinária, saberes, modos de fazer, dentre outros.
 
Esses bens constituem o patrimônio cultural de um local, por serem testemunhos da história, símbolos de etnias, comunidades e, muitas vezes, do país. A proteção pode se dar sob a tutela do poder nacional, por meio do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em âmbito estadual (nem todos os estados possuem um órgão de preservação) e em âmbito municipal (o mesmo acontece com as prefeituras, nem todas possuem um setor responsável pela preservação do patrimônio das cidades).
 
Vitória, por exemplo, capital do Estado do Espírito Santo, guarda poucos vestígios de sua era colonial, mesmo sendo uma das mais antigas cidades do Brasil. Quando os governos se atentaram para a importância desta preservação, criaram as devidas ferramentas, e decidiram voltar o olhar para a capital do estado, os casarios, os traçados urbanos e outros elementos deste período já não existiam mais.
 
Todas as cidades, mesmo as criadas ou emancipadas recentemente, possuem seu patrimônio, pois todas nasceram a partir de fatos históricos, que são narrados a partir desses bens. Mas, nem todas têm este acervo protegido, mesmo que reconhecido pela população local. Outro fato que afeta o patrimônio cultural, principalmente os imóveis, é a falta de manutenção adequada ou o abandono, o que, muitas vezes, leva o bem à ruína.
 
Um edifício tombado exige manutenção diferenciada, por ser composto de materiais antigos – às vezes possui ornamentos complexos e delicados –, e essa manutenção pode ser mais dispendiosa. Mas, se for praticada no tempo correto e de maneira adequada, gera muito menos gastos do que, quando se deixa acumular problemas.
 
Pois bem, uma vistoria periódica é capaz de detectar problemas que podem levar a possíveis danos. Assim, a cada período, monta-se um diagnóstico, apontando os principais problemas e as soluções para saná-los, a fim de evitar danos maiores, que necessitam de obras de restauração -– ação mais cara e de último caso, quando o imóvel não é ocupado e/ou cuidado como deveria.
 
Prédios antigos tendem a possuir uma arquitetura de maior qualidade do que edificações mais novas, porque normalmente, possuem grandes aberturas, que proporcionam mais ventilação e iluminação naturais, pé-direito mais altos, estruturas resistentes ao tempo. Por isso, tendem a ser mais sustentáveis do que edificações novas, já que demandam menos iluminação artificial, climatização mecânica. E, além disso, ao se aproveitar uma edificação antiga para novos usos, diminui-se a geração de resíduos, evitando desperdício de novos materiais – pois técnicas tradicionais de construção podem gerar desperdício de 30% do material novo.
 
Se o seu prédio é antigo, guarda valor histórico e cultural, mas não é tombado, e mesmo assim você quer fazer a manutenção adequada e menos trabalhosa e cara, é importante seguir passos específicos.
 
Portanto, se quer saber mais sobre como fazer uma manutenção preventiva em seu edifício antigo, fique de olho em nosso blog. Além disso, também falaremos sobre o que é um manual de uso para um edifício histórico e o que é um projeto de restauração. 

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